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"Bem aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na Lei do Senhor. Bem aventurados os que guardam suas prescrições e o buscam de todo o coração; não praticam iniquidade e andam nos seus caminhos. Tu ordenaste os teus mandamentos, para que os cumpramos à risca. Tomara sejam firmes os meus passos, para que eu observe os teus preceitos." Salmos 119:1-5



domingo, 14 de agosto de 2011

Qual é o limite do perdão de Deus e o limite para perdoarmos alguém?


(Análise do texto de Mateus 18:15-35).
Creio que todo mundo já ouviu a famosa resposta universal para parte desta pergunta quando se fala de irmãos, que é setenta vezes sete as vezes que devemos perdoar um irmão se pecar contra nós.
Mas será que foi isto que Jesus quis dizer realmente? Será que só este trecho é suficiente para entendermos esta mensagem?
Digo que é necessário passarmos a fazer uma análise deste texto de Mateus 18 para realmente chegarmos a uma conclusão.
Primeiro, rapidinho, quero dizer que, o limite do perdão de Deus para uma pessoa esta relacionado com o que a pessoa também o faz com o perdão, ou seja, se ela perdoa. Em Mateus 18:35 vemos que Deus traz juízo para aquele que não sabe perdoar, ao ponto de retirar o perdão do mesmo. Na própria oração do “Pai nosso” temos a convicção que Deus nos perdoará porque temos perdoado a quem tem feito atos contra nós (Lucas 11:4). Assim, o perdão de Deus pode ser ilimidado para aquele que que perdoa e limitado para aquele que não perdoa.
Agora em segundo, vamos falar entre pessoas.
O texto de Mateus que estamos pegando para esta análise, não esta relacionando o perdão de um crente com um descrente, mas entre irmãos, isto é, entre crentes. Para os descrentes devemos sempre orar pelos que nos perseguem e abençoar os que nos maldizem, pois o fazem sem entendimento, estão em trevas e cegos, por isto devemos perdoá-los.
Mateus 18:15-17 dá um outro sentido para a resposta de Jesus para Pedro no verso 21-22.
Vamos ler o escrito no primeiro: “ora, se teu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele só”; “mas se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que, pela boca de duas ou três testemunhas, toda palavra seja confirmada”; “se não te escutar, dize-o à igreja e se não escutar a igreja, considera-o um gentio e publicano”.
Acabamos de ver a disciplina imposta por Cristo para um crente que não quer parar de pecar e se recusa a receber a correção para uma mudança.
Temos três pontos neste texto: primeiro é um concerto entre partes, segundo com mediadores e testemunhas; terceiro a própria igreja tem a incumbência de corrigi-lo para mudança. Sendo o caso de mesmo assim ele não mudar a “sentença” seria a exclusão deste indivíduo do rol de membros da congregação, por se tratar de alguém que não é mais crente em Cristo.
O termo gentio e publicano usado por Jesus, se refere a pessoas que eram proibidas de ter acesso ao culto à Deus, ao lugar onde o “povo da aliança se reunia para adorar à Deus”. Isto nos diz que eram pessoas que não tinham aliança com Deus, assim tal pessoa que não procura se concertar, não é mais digna de ser chamada de irmão e só trará problemas para a Igreja.
É fato também que esta disciplina dita neste texto (a exclusão), não pode ser utilizada com definitiva, ou seja, de não readmitir o excluído outra vez.
Vejamos o ocorrido em 2 Coríntios 2:5-11. Aqui neste texto aprendemos com Paulo acerca do perdão para alguém que foi retirado da normalidade da unidade do convívio entre irmãos. Apesar deste ofensor não ter atingido todos os níveis para a exclusão, o mesmo tinha sido excluído.
Paulo chama a atenção da igreja de Corinto, para perdoar e confortar este, já que o mesmo mostra fruto de arrependimento, caso contrário, o mesmo seria consumido pela tristeza e a igreja se não admiti-lo estaria dando uma brecha para ser vencida por satanás.
Pelo que dá para perceber, o ofensor fez tal ofensa ao próprio Paulo, pelo que a Igreja recebeu a incumbência de perdoar o irmão, pois o próprio Paulo já tinha perdoado (verso 10).
Com isto, posso terminar este estudo expondo a seguinte conclusão: devemos perdoar o irmão sempre, porém o mesmo deve se mostrar disposto a mudança para não causar males ao convívio na Igreja, sendo que se o tal se mostrar um contendor e não apaziguador, ou seja, alguém que não se arrepende e quer trazer contendas, dissensões, divisões, fofocas, intrigas e etc, mesmo já tendo sido repreendido por mediadores e com testemunhas, este deve ser afastado do rol de membros a pedido da igreja.
Mas se o mesmo mostrar-se arrependido, disposto a mostrar seus bons frutos e quiser voltar para o convívio com a igreja da forma certa, tal comunidade DEVE readmiti-lo em amor, aplicando assim o exemplo de Cristo, que nos amou e perdoou.
Que Deus vos abençoe e que o exemplo e os ensinamentos de Jesus possam nos acompanhar sempre.

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